style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Renan Mattos (Diário)
Em passagem pelo Coração do Rio Grande, governador conversou com jornalistas e falou sobre assuntos de interesse local
O governador do Estado, Eduardo Leite (PSDB), cumpriu agenda no Coração do Rio Grande nesta sexta e falou sobre temas relacionados à cidade, como a abertura dos leitos do Hospital Regional e sobre a duplicação da Faixa Nova de Camobi. Em relação à rodovia, ele descartou, num momento, a inclusão do trecho no projeto de duplicação da RSC-287, entre Santa Maria e Tabai, para não atrasar o processo de licitação, contudo acenou com a possibilidade de incluir a Faixa Nova futuramente nessa mesma concessão.
- É uma negociação que deverá acontecer, mas optamos por levar o projeto da forma como o governo anterior vinha trazendo para não atrasar mais ainda os prazos - justificou Leite.
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A declaração foi dada durante coletiva realizada no Itaimbé Palace Hotel, pouco antes do meio-dia, depois que o governador participou da cerimônia de formatura dos 81 novos policiais militares, no Clube Recreativo Dores. Por cerca de 10 minutos, Leite respondeu a perguntas da imprensa e falou sobre a preocupação com o pagamento dos salários dos servidores estaduais que ainda não tiveram a folha referente ao mês de junho quitada.
Ao lado do chefe da Casa Civil e ex-prefeito de Caçapava do Sul, Otomar Vivian (PP), do secretário adjunto de Esporte e Lazer, Jader Maretoli (PRB), e do prefeito de Santa Maria, Jorge Pozzobom (PSDB), Leite falou que o governo está trabalhando para gerar receita e regularizar o pagamento do funcionalismo.
- Passamos por um momento difícil nos meses de julho e agosto, pela diminuição das receitas do Estado, mas essas estratégias (de melhoria de receita) estão em curso e deverão se efetivar nos próximos meses para conseguirmos viabilizar o nosso compromisso, que é colocar os salários dos servidores em dia até o final deste ano - salientou o governador.
Além disso, ele também destacou a queda nos índices de criminalidade no Estado. Segundo o governador, foi cerca de 24% de redução nos números de homicídios, comparando os primeiros semestres de 2018 e 2019.
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Depois de conversar com jornalistas, o governador participou de um almoço com empresários e representantes da área do comércio na cidade. Depois de almoçar, Leite falou por cerca de uma hora com o público presente. Dentre os assuntos abordados, o governador salientou a importância de um Estado fiscalmente sustentável. Para ele, é necessário promover a justiça e induzir a produtividade e crescimento econômico. As estratégias do governo, a curto e longo prazos, também foram temas mencionados.
Logo após o pronunciamento, o governador seguiu para Gramado, na Serra gaúcha, onde cumpriria agenda na tarde de sexta-feira.
CONVITE PARA FEISMA
Pouco antes da coletiva, no hall do Itaimbé Palace Hotel, o governador se reuniu com o presidente da Câmara de Comércio e Indústria de Santa Maria (Cacism), Rodrigo Décimo, e com o coordenador da Feisma, a Multifeira de Santa Maria, Luiz Fernando Pacheco. Na ocasião, os empresários conversaram com Leite e entregaram o convite para que ele participasse da abertura da feira, que ocorre de 9 a 17 de novembro, e conta com a participação de expositores locais e regionais nas áreas da indústria, comércio e prestação de serviços.
Confira, abaixo, o que disse o governador sobre a duplicação da Faixa Nova e outros assuntos:
HOSPITAL REGIONAL
"Com a parceria do nosso prefeito Jorge Pozzobom, que tem sido muito dedicado à causa do Hospital [Regional], nós estamos viabilizando uma parceria com o Ministério da Saúde dos investimentos para equipar o hospital de Santa Maria e, ainda, para possibilitar a abertura do ambulatório de cardiologia para o Regional. É importante que nós continuemos trabalhando nessas parcerias com o município, buscando o governo federal, é claro, para melhorar o serviço de saúde do nosso Estado, mas uma das nossas grandes responsabilidades é pagar, também em dia, esses repasses aos hospitais."
SEGURANÇA PÚBLICA
"Os indicadores do primeiro semestre desse ano e incluindo, agora, o mês de julho, são muito positivos. [Houve] Uma redução de cerca de 24% nos números de homicídios. Se nós pegarmos de dois anos para cá, comparando os primeiros semestres, foram cerca de 700 vidas poupadas no Estado. O primeiro semestre deste ano, comparado ao primeiro semestre do ano passado, tem 3,2 mil veículos que deixaram de ser roubados, ou seja, temos declínio nos indicadores de criminalidade em todas as áreas, e isso nos anima bastante. Com reforço de cerca de 2 mil novos policiais militares associado a cerca de 400 novos policiais civis já acontecendo agora - nós pretendemos fazer novos chamamentos nos próximos períodos - temos convicção de que esses números serão ainda mais reduzidos. Temos a expectativa de viabilizar novos investimentos, com apoio do setor privado, em viaturas, equipamentos e, também, com recursos próprios do Estado."
INVESTIMENTOS
"O Rio Grande do Sul tem as suas dificuldades, é claro, não é segredo. É do conhecimento de todos os problemas fiscais que temos, mas com estratégia, com gestão qualificada, estamos conseguindo reduzir os indicadores de criminalidade, que são essenciais, inclusive, para animar investimentos no Estado e aumentar receita. Aliás, no primeiro trimestre deste ano, tivemos o resultado do PIB do Estado do Rio Grande do Sul que cresceu mais do que a média nacional, e é isso que nós temos que fazer, fazer o Rio Grande do Sul crescer, se desenvolver, gerar receita, gerar crescimento, emprego e, assim, ajuda o Estado a enfrentar o seu problema fiscal e promover investimentos em áreas estratégicas, como é a Segurança Pública."
PAGAMENTO DOS SERVIDORES
"Assumimos o governo com as folhas de dezembro e do 13º em aberto. Tivemos que pagar R$ 2,6 bilhões com receitas deste ano, mas uma despesa do ano anterior. E ainda tivemos uma antecipação de receita, em dezembro, que retirou R$ 700 milhões do orçamento deste ano. Se torna especialmente difícil e complexa a nossa missão, mas não afasta o nosso trabalho, nosso otimismo e a nossa dedicação para colocar os salários dos servidores em dia. Temos uma estratégia clara para isso, desde a adesão ao regime de recuperação fiscal que, com apoio da Assembleia Legislativa, aprovamos a retirada da exigência do plebiscito. Tivemos autorização para venda das estatais, estamos negociando com a Secretaria do Tesouro Nacional e com ações de geração de receitas extraordinárias para resolvermos o nosso passado e liquidarmos esse passivo."
DÍVIDAS NA SAÚDE
"Nós assumimos o governo com cerca de R$ 1 bilhão em aberto na área da Saúde. Os municípios não recebiam, desde junho do ano passado, recursos para o Samu, para Unidades de Pronto-Atendimento, para Estratégias Saúde da Família, para o Programa Primeira Infância Melhor... então, estavam sem receber programas que são realizados pelos municípios e que têm aporte do Estado. Os hospitais estavam sem receber desde setembro do ano passado. Nós regularizamos os repasses para os hospitais, estamos pagando em dia. De janeiro para cá, o Estado honra com os municípios, não deixa de pagar, e o que ficou para trás nós acertamos com a Famurs, com os municípios, de fazer o pagamento até setembro do ano que vem. Estamos trabalhando para que o que não foi sequer empenhado ser viabilizado com outras estratégias, inclusive colocando a possibilidade de troca de imóveis que o Estado tenha no município, repassando à prefeitura como oportunidade de viabilizar o adimplemento dessas obrigações."